quarta-feira, 13 de julho de 2016

Homofobia cresce no México após proposta sobre casamento gay (Noticia) - Homophobia grows in Mexico after proposal on gay marriage (News)

A homofobia aumentou no México desde que o presidente Enrique Peña Nieto propôs, em maio passado, legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo - denunciou nesta terça (12) uma organização de defesa dos direitos dos gays, citando 26 homicídios homófobos desde o início do ano.

"Isso pode provocar uma onda de violência. Pode provocar um aumento das agressões contra os homossexuais. Achamos que é importante que as autoridades tomem medidas sobre o assunto antes que aconteça uma tragédia", advertiu Alejandro Brito, da Comissão Cidadã contra os Crimes de Ódio por Homofobia, integrada por intelectuais, advogados e ativistas.
"Não queremos uma Orlando no México", acrescentou Brito, referindo-se ao brutal ataque contra uma boate gay na Flórida, nos EUA, em junho passado, no qual 49 pessoas morreram, e outras 53 ficaram feridas.
Desde o início do ano, pelo menos 26 homossexuais foram assassinados no México por sua orientação sexual. Alguns dos casos mais cruéis foram cometidos depois da iniciativa legislativa de Peña Nieto, garantiu o ativista.
Um desses episódios foi em 25 de junho passado. Jessica Patricia González Tovar estava com a namorada em uma loja de Monclova, em Coahuila (norte do país), quando um homem as agrediu verbalmente por sua orientação sexual.
O casal se afastou do local, mas foi alcançado pelo mesmo homem, que investiu o carro nelas e atirou no pescoço de Jessica, que faleceu, contou Brito.
O Movimento pela Igualdade no México cita os casos de outros dois gays mortos após a iniciativa presidencial de 17 de maio passado. Um foi atropelado, e o outro, torturado.
Em 2015, a Comissão Cidadã contra os Crimes de Ódio contabilizou 44 assassinatos homofóbicos, e 72 em 2014.
Brito explicou que esses números se baseiam em notícias divulgadas pela imprensa, o que significa que pode haver no mínimo o triplo de vítimas.
"Para cada caso que aparece na imprensa, há pelo menos dois que não aparecem. Então, os números devem ser maiores", aponta.
A iniciativa de Peña Nieto gerou forte rejeição da Igreja Católica e de alguns membros de partidos conservadores. O texto começará a ser discutido no Congresso a partir de setembro, quando tem início o próximo período de sessões.

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Homophobia has increased in Mexico since President Enrique Peña Nieto proposed last May to legalize same-sex marriage - denounced on Tuesday (12) an organization defending the rights of gays, citing 26 homophobic murders since the beginning of year.

"This may cause a wave of violence. It may cause an increase in attacks against homosexuals. We think it is important that the authorities take action on the matter before it happens a tragedy," warned Alejandro Brito, of the Citizens' Commission against Hate Crimes by Homophobia, composed of intellectuals, lawyers and activists.
"We do not want an Orlando in Mexico," said Brito, referring to the brutal attack on a gay nightclub in Florida, USA, last June, in which 49 people died and another 53 were injured.
Since the beginning of the year, at least 26 homosexuals were murdered in Mexico for their sexual orientation. Some of the cruelest cases were committed after the legislative initiative of Peña Nieto, assured the activist.
One of these episodes was 25 last June. Jessica Patricia González Tovar was with his girlfriend in a store Monclova, Coahuila (north) when a man verbally assaulted by their sexual orientation.
The couple drove off, but was overtaken by the same man who invested his car and shot them in Jessica's neck, who died, said Brito.
The Movement for Equality in Mexico cites the cases of two other gay dead after the presidential initiative on 17 May. One was hit, and the other tortured.
In 2015, the Citizens Commission against Hate Crimes recorded 44 homophobic murders, and 72 in 2014.
Brito explained that these figures are based on press reports, which means that there may be at least three times victims.
"For every case that appears in the press, there are at least two that do not appear. So the numbers should be higher," he points out.
The Peña Nieto initiative generated strong rejection of the Catholic Church and some members of conservative parties. The text will begin to be discussed in Congress from September, when you start the next session.

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