quarta-feira, 8 de junho de 2016

Boicotes fazem eleitores da Carolina do Norte repensarem lei contra transexuais (Noticia) - Boycotts are voters of North Carolina rethink law against transsexuals ( News )

Estado sofre boicotes e empregos perdidos provocados pela lei sancionada pelo governador em março, que proíbe o acesso de pessoas trans aos banheiros de acordo com seu gênero.

Boicotes fazem eleitores da Carolina do Norte repensarem lei contra transexuaisParrish Clodfelter, um aposentado de 79 anos que vive em uma fazenda na região central da Carolina do Sul, expressa seu preconceito sobre pessoas trans que poderiam provocar sua demissão em uma empresa multinacional, apesar de que para muitos aqui, sua opiniões constituem uma sabedoria simples do campo.

"Se um homem quer virar mulher, ele tem um problema mental", disse Clodfelter na quarta-feira, durante um almoço no Spiro's Family Restaurant, onde cartazes na porta anunciavam aulas de porte de armas escondidas e um culto "Domingo Caipira" na igreja pentecostal.

Mas Clodfelter enfrenta um tipo diferente de problema. Um republicano de longa data, ele quer apoiar Pat McCrory, o governador republicano da Carolina do Norte, em sua tentativa de reeleição. Ao mesmo tempo, ele está preocupado com os boicotes e empregos perdidos provocados pela lei sancionada pelo governador em março, que proíbe o acesso de pessoas trans aos banheiros de acordo com seu gênero e elimina as proteções antidiscriminação para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Se a reação continuar, disse Clodfelter, ele considerará votar no adversário democrata de McCrory, Roy Cooper, que apoia a derrubada da lei. "Temo que se não a mudarem, ela prejudicará o Estado", ele disse.

Antes mesmo de a lei ganhar destaque no debate nacional sobre os direitos LGBT, correção política e privacidade, a Carolina do Norte, um raro Estado sulista dividido igualmente entre liberais e conservadores, era considerada indefinida na disputa presidencial de novembro, particularmente se Donald Trump conquistar a indicação para encabeçar a chapa republicana.

Agora a lei, e a reação contra ela, introduziu um tipo diferente de energia volátil na política estadual daqui, influenciando na eleição ao governo estadual que pode ser a mais disputada do país. Também está afetando outras disputas cruciais, incluindo a do senador Richard Burr, que espera superar a forte adversária democrata Deborah K. Ross, uma ex-deputada estadual e ex-diretora estadual da União Americana pelas Liberdades Civis. 

Na semana passada, Burr, que defendeu a lei, foi atacado pelos democratas que não perderam a chance de transformar uma questão cultural em uma econômica, já que o Estado vem sofrendo com a retirada de empresas que protestam contra a lei, incluindo o PayPal, que cancelou seu plano de trazer mais de 400 empregos a Charlotte. Na quinta-feira, o Comissário da NBA (a liga americana de basquete), Adam Silver, disse que a liga vai transferir seu All-Star Game (o jogo das estrelas) de 2017 de Charlotte se a lei não for mudada. 

Até o momento, o rebuliço está causando mais mal a McCrory, um afável ex-prefeito de Charlotte que tem tido dificuldade, desde que assumiu como governador em 2013, em manter sua reputação como moderado diante de um Legislativo dominado pelos republicanos, que é consideravelmente mais conservador do que ele. Uma pesquisa realizada pela Universidade Elon entre 10 e 15 de abril mostrou Cooper, o procurador-geral de longa data do Estado, à frente de McCrory, 48% contra 42%, nas intenções de voto dos eleitores registrados. Foi a maior vantagem de Cooper nas cinco pesquisas realizadas pela Elon nos últimos 12 meses. 

Mas novembro ainda está longe e questões sociais reverberam de formas complexas em um Estado com reputação de moderado, mas que também produziu Jesse Helms, o senador federal arquiconservador.

Carter Wrenn, um estrategista político veterano que trabalhou com Helms, disse que ultimamente os democratas estão vencendo nas discussões a respeito da lei. Mas ele disse que os republicanos terão tempo para defender sua posição junto aos eleitores de que a lei ajuda a assegurar privacidade e segurança em sanitários públicos. "Não sabemos ao certo como tudo isso vai se desdobrar", disse Wrenn. 

A questão é particularmente incômoda para McCrory. Pesquisas de boca de urna de 2012 mostram que ele obteve apoio de 49% dos eleitores que se descreviam como moderados e 19% dos que se descreviam como liberais. 

Na semana passada, McCrory, 59 anos, mal conseguia conter sua irritação com o fato de a lei ter se transformado em um tema central da eleição, desviando a atenção de sua mensagem principal: a de que tem sido um condutor sábio da economia, que conseguiu promover o que ele e sua equipe rotularam como "Recuperação da Carolina". 

Segundo ele, o vespeiro não foi chutado por ele, mas pela Câmara Municipal democrata de Charlotte, que aprovou uma portaria antidiscriminação em fevereiro, permitindo às pessoas trans o uso de banheiro de acordo com seu gênero. Antes de sua aprovação, ele disse, ele enviou um e-mail à Câmara alertando que se ela mudasse as "normas básicas para banheiros e vestiários", ele seria forçado a apoiar uma lei estadual as anulando. 

McCrory preferiria falar sobre a melhora da economia do Estado desde que assumiu no lugar da ex-governadora democrata, Beverly Perdue. Ela se recusou a tentar a reeleição após um único mandato no qual a Carolina do Norte enfrentou uma recessão e no qual ela entrou em choque com o Legislativo, que passou a ser controlado pelos republicanos em 2010, em torno da política tributária. A recuperação do Estado, segundo McCrory, foi obtida por meio de sua capacidade de implantar uma redução de impostos de US$ 4,4 bilhões, incluindo o que sua campanha descreve como "uma das maiores reduções de impostos na história do Estado". 

"Eu herdei um governo falido e uma economia falida", ele disse. "Tínhamos a quinta maior taxa de desemprego do país quando tomei posse: 9,4%. E tivemos uma das maiores recuperações nos Estados Unidos da América." O desemprego no Estado agora é de 5,5%. 

Em um café em Raleigh na semana passada, Cooper, que serve como procurador-geral desde 2001, argumentou que a recuperação da Carolina é um mito, dizendo que ocorreu "uma melhoria geral da economia em todo o país". 

"Não há uma recuperação da Carolina para o trabalhador comum", ele disse. "A maioria das pessoas está trabalhando mais arduamente, por mais horas, e ganhando menos do que antes da recessão."

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State suffers boycotts and lost jobs caused by the law signed by the governor in March that prohibits access to bathrooms trans people according to their gender.

Boicotes fazem eleitores da Carolina do Norte repensarem lei contra transexuais
Parrish Clodfelter, a retired 79 year old who lives on a farm in central South Carolina, expressed his prejudice about trans people who might cause his dismissal in a multinational company, although for many here, their opinions are a simple wisdom from Camp.

"If a man wants to become a woman, he has a mental problem," Clodfelter said on Wednesday during a lunch at Spiro's Family Restaurant, where posters on the door announcing size classes of hidden weapons and a cult "Sunday Grit" in church pentecostal.

But Clodfelter faces a different kind of problem. A longtime Republican, he wants to support Pat McCrory, the Republican governor of North Carolina, in his re-election bid. At the same time, he is concerned with boycotts and lost jobs caused by the law signed by the governor in March that prohibits access to trans people to bathrooms according to their gender and eliminates the anti-discrimination protections for lesbian, gay, bisexual and transsexuals.

If the reaction continues, Clodfelter said he will consider voting for Democratic opponent McCrory, Roy Cooper, which supports the overthrow of the law. "I fear that if we do not change, it will harm the state," he said.

Even before the law gain prominence in the national debate on gay rights, political correctness and privacy, North Carolina, a rare divided equally southern state between liberals and conservatives, was considered unclear in the presidential contest in November, particularly if Donald Trump win the appointment to head the Republican ticket.

Now the law, and the reaction against it, introduced a different type of volatile energy in state politics here, influencing the election to the state government that may be the most disputed of the country. It is also affecting other crucial disputes, including Senator Richard Burr, who hopes to overcome a strong opponent Democrat Deborah K. Ross a former state deputy and former state director of the American Civil Liberties Union.

Last week, Burr, who defended the law, was attacked by Democrats who have not lost the chance of turning a cultural issue into an economic, since the state has suffered from the withdrawal of companies protesting the law, including PayPal, who canceled his plan to bring more than 400 jobs to Charlotte. On Thursday, the commissioner of the NBA (American basketball league), Adam Silver said the league will transfer its All-Star Game (the game of stars) 2017 Charlotte if the law is not changed.

So far, the turmoil is causing more harm to McCrory, an affable former mayor of Charlotte who has struggled since taking over as governor in 2013, maintaining its reputation as a moderate on a legislature dominated by Republicans, which is considerably more conservative than he. A survey conducted by Elon University between 10 and 15 April showed Cooper, Attorney General longtime state, ahead of McCrory, 48% against 42% in the polls of registered voters. It was the biggest advantage of Cooper in the five surveys conducted by Elon in the last 12 months.

But November is still far and social issues reverberate complex shapes in a state with a reputation for moderate, but also produced Jesse Helms, the arch-conservative federal senator.

Carter Wrenn, a veteran political strategist who worked with Helms said that lately the Democrats are winning in discussions about the law. But he said Republicans will have time to defend their position to the voters that the law helps to ensure privacy and security in public toilets. "We do not know how all this will unfold," Wrenn said.

The issue is particularly troublesome for McCrory. 2012 urn mouth polls show he got support of 49% of voters who described themselves as moderate and 19% of those who described themselves as liberals.

Last week, McCrory, 59, could barely contain his irritation with the fact that the law has turned into a central theme of the election, diverting attention from the main message: that has been a wise driver of the economy, could promote what he and his team labeled as "Recovery of Carolina."

According to him, the hornet's nest was not kicked by him, but the Democratic City Council of Charlotte, which approved an anti-discrimination ordinance in February, allowing trans people to use the bathroom according to their gender. Before its approval, he said, he sent an email warning to the House that it would change the "basic standards for toilets and changing rooms," he would be forced to support a state law the annulling.

McCrory would rather talk about the improvement of the state's economy since it took over the former governor democrat, Beverly Perdue. She declined to seek re-election after a single term in which the North Carolina faced a recession and in which she clashed with the Legislature, which was controlled by the Republicans in 2010, around tax policy. The recovery of the state, according to McCrory, was achieved through its ability to deploy a reduction of taxes of $ 4.4 billion, including what his campaign describes as "one of the largest tax cuts in state history."

"I inherited a bankrupt government and a bankrupt economy," he said. "We had the fifth highest unemployment rate in the country when I took office: 9.4% and had one of the largest recoveries in the United States of America.." Unemployment in the state is now 5.5%.

In a cafe in Raleigh last week, Cooper, serving as attorney general since 2001, argued that the recovery of Carolina is a myth, saying that there was "a general improvement of the economy across the country."


"There is a recovery of Carolina for the average worker," he said. "Most people are working harder, for longer hours and earning less than before the recession."


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