sábado, 19 de maio de 2012

TV brasileira ganha primeira repórter transexual em programa feminino ( Noticia ) - Brazilian TV reporter wins first transsexual on women's program (News)


Pela primeira vez na história da televisão brasileira uma transexual se tornou repórter de um programa feminino. No programa Mulheres (TV Gazeta), a modelo mineira Carol Marra se destacou em um quadro e foi convidada para desenvolver reportagens especiais sobre cultura, gastronomia e, claro, moda.

Formada em jornalismo, Carol foi descoberta no Fashion Rio 2011, foi imediatamente contratada pela agencia Wool Agency, participou de vários desfiles e, agora, se diz realizada com a oportunidade na tevê. “O convite surgiu pelo meu talento e capacitação profissional, não pela minha condição sexual”, defende a top, que não disseminar estereótipos.

Em entrevista ao site E+, ela revela detalhes de seu pioneirismo.

Depois de um ano modelando, diria adeus à carreira nas passarelas pela carreira de apresentadora?
Nunca planejei ser modelo, aconteceu por acaso e abracei essa profissão com carinho e dedicação. Mas, diferente das outras modelos, eu comecei tarde na profissão. Não tenho mais 17 anos. Portanto, quero aproveitar as oportunidades e, até quando der, me dedicar a outras coisas sem abandonar as passarelas.

Como surgiu o convite para ser repórter especial da TVGazeta?
O diretor do programa, Riccó, assistiu alguma entrevista e me achou articulada e desenvolta. Quando soube que eu era jornalista, fez o convite para o quadro "Repórter Por um Dia". Acabou que já apresentei cinco matérias para o programa (risos). Acho que me sai bem, pois a produção elogiou bastante. Sinto que nasci pra isso, amo me comunicar, amo televisão.

Quais pautas você irá abordar no programa?
A princípio, sou uma repórter especial, faço pautas de comportamento e cultura, mas não tenho nada definido. Fiz a cobertura da pré-estreia do musical Tim Maia, a exposição de Marylin Monroe, matérias de gastronomia e sobre o Minas Trend Preview, que é a primeira semana de moda no calendário da moda do Brasil. Tenho ideias de um quadro fixo. É um projeto que vou apresentar à direção do programa.

O programa se chama Mulheres. Isso te deixa lisonjeada?
Me sinto lisonjeada pelo convite, porque sei que sou competente e capaz, não por ser transgênera. Penso que o convite da emissora surgiu pelo meu talento e capacitação profissional , não pela minha condição sexual. Uma mulher não se resume a uma genitália. Ser mulher é algo grandioso, está na alma, é ter uma sensibilidade especial.

Já assistia ao Mulheres anteriormente?
Assisto a Cátia Fonseca (apresentadora do programa) desde quando era criança, no programa Note & Anote, da Record. Eu adorava as aulas de artesanato, já fiz algumas travessuras em casa. Gosto desses programas femininos, embora não tenha tanto tempo para assistir por conta da carreira de modelo.

Diante de tantas apresentadoras, o que acha da Cátia?
Ela é uma pessoa incrível, de uma sensibilidade e alegria que nos contagia. Passei uma tarde no estúdio e é impressionante o poder de comunicação dela, que não usa o TP (telemprompter, aparelho que a apresentadora lê em frente das câmeras). Ela é gente como a gente, não tem frescuras, por isso é tão querida e respeitada.

Como os telespectadores encaram uma repórter transexual?
Por incrível que pareça, recebo muito carinho do publico. Só mensagens de incentivo e elogio. Cada dia mais percebo que donas de casa, mães de família me respeitam e admiram o meu trabalho. É impressionante: onde achei que teria uma barreira e preconceito, não encontrei. Isso se deve pela minha conduta profissional séria. Não quero ser uma repórter palhaça, caricata. Quero mostrar conteúdo, de forma leve, sem ser pedante.

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For the first time in the history of Brazilian television reporter became a transsexual in a program for women. Women in the program (TV Gazeta), model Carol Marra mining stood out in a frame and was invited to develop special reports on culture, cuisine and of course fashion.

Formed in journalism, Carol was discovered at Fashion Rio 2011, was immediately hired by the agency Wool Agency, participated in several parades and now it says performed with the opportunity on TV. "The invitation came by my talent and training, not my sexual condition," defends the top, that do not spread stereotypes.

In an interview with E +, she reveals details of his pioneering.

After a year of modeling, say goodbye to a career on the runways by presenting career?
I never planned to be a model, it happened by chance and embraced the profession with care and dedication. But, unlike other models, I started late in the profession. I have over 17 years. So I want to seize opportunities, and when you give up, devote myself to other things without leaving the runway.

How did the invitation to be a special correspondent of TVGazeta?
The program director Riccó, watched some interviews and find me articulate and agile. When I heard that I was a journalist, he was invited to the table "Reporter For a Day." It turned out that I have already presented five subjects for the program (laughs). I think I do well, because the production praised enough. I was born for it, I love to communicate, I love television.

What guidelines will you address in the program?
At first, I'm a special reporter, do patterns of behavior and culture, but I have nothing definite. I made the cover of the premiere of the musical Tim Maia, the exhibition of Marilyn Monroe, matters of gastronomy and the Minas Trend Preview, which is the first fashion week in the fashion calendar in Brazil. I have ideas of a fixed frame. It is a project that will provide the direction of the program.

The program is called Women. That leaves you flattered?
I feel flattered by the invitation, because I know that I am competent and capable, not for being transgender. I think the station's call came for my talent and training, not my sexual condition. A woman is not about genitalia. Being a woman is something great, is in the soul, is to have a special sensitivity.

Have watched the women before?
I watch Katie Fonseca (host of the show) since I was a child in the program Note & Record, the Record. I loved the craft classes, I have done some mischief at home. I like these women's programs, although not much time to watch because of the modeling career.

With so many presenters, what do you think of Katie?
She is an amazing person, a sensitivity and joy that is contagious. I spent an afternoon in the studio and it's amazing power to communicate it, that does not use TP (telemprompter, a device that reads the presenter in front of the cameras). It is people like us, no frills, why is so loved and respected.

As viewers face a reporter transsexual?
Oddly enough, I get a lot of affection in public. Only messages of encouragement and praise. Increasingly realize that housewives, mothers I respect and admire my work. It's amazing, where I thought would have a barrier and prejudice, not found. This is serious for my professional conduct. Do not wanna be a reporter buffoonish caricature. I want to show content, lightly, without being pedantic.

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