quarta-feira, 27 de março de 2013

Presidente da Comissão de Direitos Humanos pede prisão de manifestante ( Noticia ) - President of Human Rights Commission asks protester prison (News)

O clima tenso na reunião da Comissão de Direitos Humanos da Câmara nesta quarta-feira, presidida pelo deputado Marcos Feliciano (PSC-SP), já era esperado, mas a tensão chegou a seu ápice quando o presidente, foco de protestos por declarações consideradas homofóbicas, racistas e machistas ordenou que a polícia da Casa prendesse um manifestante.

"Aquele senhor de barba... Me chamou de racista... Vai sair preso daqui porque me chamou de racista", disse o parlamentar, que também é pastor evangélico.

Feliciano forçou o início da sessão, tumultuada por gritos, apitos e frases de efeito de manifestantes pró e contra ele.

Os protestos impediam que o discurso do deputado fosse ouvido com clareza, mesmo com o uso de microfone.

"Eu vou pedir para os manifestantes manterem a calma", iniciou Feliciano. "Eu não vou ceder à pressão. Vocês vão ficar sem voz", afirmou, dirigindo-se aos ativistas.

O deputado tentou seguir a sessão --interrompida diversas vezes por gritos como "todo dia o racismo mata" e "todo dia homofobia mata".

Um dos manifestantes gritou a um parlamentar que estava ao lado de Feliciano que ele estava sentado "ao lado de um racista", referindo-se ao presidente da comissão, que imediatamente ordenou à segurança da Casa que detivesse o manifestante.

Não foi possível checar o nome do ativista, que foi levado por vários seguranças para fora do plenário da comissão.

Segundo um segurança da Casa, a praxe é interrogar a pessoa detida e depois liberá-la. Apenas após apuração dos fatos é que a pessoa pode ou não ser presa.

Após a detenção do manifestante, Feliciano transferiu o local da sessão para outro plenário, onde só seria permitida a entrada dos deputados, assessores e jornalistas.

Um outro grupo de manifestantes dirigiu-se ao gabinete de Feliciano e um segundo ativista foi detido.

Os dois manifestantes foram levados para a Coordenação de Polícia Judiciária da Câmara para prestar depoimento.

A permanência de Feliciano na presidência da comissão é cercada de polêmica, por conta de declarações do deputado consideradas homofóbicas, racistas e machistas, que provocaram reações de entidades que atuam na defesa dos Direitos Humanos.

Feliciano afirmou em sua conta no Twitter que africanos são descendentes de amaldiçoados por Noé e, numa outra ocasião, disse que a Aids é o "câncer gay".

Em 12 de março, um grupo de parlamentares protocolou um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal pedindo a anulação da sessão em que Feliciano foi eleito para presidir a comissão. O mandado teve como argumento central que regras regimentais não foram respeitadas durante a votação, por ter sido em sessão secreta.

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The tense atmosphere at the meeting of the Commission on Human Rights of the House on Wednesday, chaired by Rep. Mark Feliciano (PSC-SP), was expected, but the tension reached its climax when the president, focus protests deemed homophobic statements racist and sexist ordered the police to arrest a protester House.
"That gentleman with a beard ... He called me a racist ... Vai stuck out here because I called him a racist," said the MP, who is also a pastor.
Feliciano forced the start of the session, by tumultuous cries, whistles and catchphrases of demonstrators for and against him.
The protests prevented the speech by Mr be heard clearly, even with the use of microphone.
"I'm going to ask the protesters to remain calm," Feliciano started. "I will not bow to pressure. You'll be speechless," he said, addressing the activists.
The deputy tried to follow the session - interrupted several times by chants like "everyday racism kills" and "homophobia kills every day."
One of the protesters shouted to a congressman who was beside Feliciano that he was sitting "beside a racist," referring to the chairman of the committee, who immediately ordered the House security to arrest the protester.
Could not check the name of the activist, who was taken by several security guards out of the full committee.
According to a House security, the practice is to interrogate the detainee and then release it. Only after finding the facts is that the person may or may not be attached.
After the arrest of protester, Feliciano moved the site to another plenary session, which would only be allowed to enter the Members, advisors and journalists.
Another group of demonstrators went to the cabinet and a second activist Feliciano was arrested.
The two protesters were taken to the Judicial Police Coordination Board to give evidence.
The residence of the President of the Feliciano commission is surrounded by controversy, due to statements by Mr considered homophobic, racist and sexist, which provoked reactions of entities that act in defense of human rights.
Feliciano said on his Twitter account that Africans are descended from Noah cursed and, on another occasion, said that AIDS is a "gay cancer."
On March 12, a group of lawmakers filed a writ of mandamus in the Supreme Court seeking annulment of the session where Feliciano was elected to chair the commission. The warrant had as a central argument that procedural rules were not respected during the vote, having been in secret session.

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