Em 29 de agosto, Lady Gaga subiu ao palco do MTV Video Music Awards vestida de homem, com um penteado com brilhantina e a postura de um arrogante durão siciliano. Ela estava ali para promover seu novo single, 'Yoü and I’, faixa meio country de seu recente álbum 'Born This Way’, mas os espectadores podem ser perdoados por terem perdido o discurso de venda musical. Lady Gaga usou os quatro primeiros minutos do seu tempo no palco para estender-se sobre outro assunto: a própria Lady Gaga. "Ela é uma grande estrela, uma enorme e linda estrela no céu’', ruminou a persona masculina. "Ela também é uma louca, certo?''. Essa persona continuou, com um pouco mais de insistência: "Assim, uma porra-louca!''
Desde que Lady Gaga explodiu pela primeira vez com o álbum 'The Fame’, de 2008, nenhuma outra estrela se equiparou a sua enorme bola de fogo de estilo histriônico. Em grande parte, porque nenhum outro objeto nesta galáxia conseguiu atingir uma velocidade equiparável. Gaga é visivelmente a pessoa que mais trabalha duro no 'showbusiness’, com um extenuante calendário de turnês; cuidando dos detalhes de seu guarda-roupa e números de palco; e cantando tanto, com tanto gosto, que sua fala adquiriu uma rouquidão crônica. Como recompensa por esses esforços, ela ganhou dezenas de prêmios,legiões de fãs e uma reputação de principal provocadora da indústria. É a última dessas láureas da cultura pop, a enorme notoriedade, que se faz mais crucial para seu prestígio. Mas também é o papel que ela merece menos.
Com todas as suas jogadas para chamar atenção, insultos de efeito ("As pessoas me levam a sério demais ou de menos’') e inovações em lingerie do tipo 'Xena: A Princesa Guerreira’, Gaga é basicamente um totem do 'establishment’ cultural, um agente das boas e velhas formas, mais que as novas e radicais. Ela alega ser um 'monstro’, mas é, na verdade, o principal talento conservador do pop.
As pessoas gostam de observar que antes da fama de Lady Gaga, ela não era famosa. Ela era, na verdade, uma apresentação de faculdade. Gaga cresceu como Stefani Germanotta, produto das escolas preparatórias de Manhattan, e cantava suas próprias músicas quando entrou na Tisch, academia de arte da Universidade de Nova York. Ela costumava fingir ser sua própria agente, telefonando para os contratadores e se autoelogiando. Ao falar desse período e dos dez anos que se seguiram, Gaga e seus representantes adotam uma linha da época de Bob Dylan, Bruce Springsteen e Patti Smith. "Aos sábados, sentávamos no chão de seu apartamento vazio no Lower East Side e bebíamos vinho em copos de cerveja’', escreveu Brendan Sullivan, seu DJ dessa época. A própria Gaga já disse: ‘`Eles sempre me diziam: ’Você nunca vai ser a estrela principal, você é étnica demais’. O que ela quis dizer foi crescer com um sobrenome italiano na Nova York da era Giuliani. ''Costumava rezar toda noite para que Deus me deixasse louca", ela contou uma vez à revista Vanity Fair, ''que ele me desse a criatividade e a estranheza que todas as pessoas que eu amava e respeitava tinham".
Essa estranheza iconoclasta não era o modo natural de Germanotta. No piano, ela era irônica e tímida, um espetáculo em pequena escala com tendência a baladas doces, mas genericamente de blues, e queixumes indie - essencialmente músicas, nos moldes de hits estabelecidos (este temperamento melancólico e lírico, assim como o estilo vocal de Germanotta, estiveram presentes em 'Summerboy’, um pequeno raio de sol no álbum de estreia de Gaga). ''Sou uma verdadeira acadêmica quando se trata de música", observou Gaga certa vez. E esse academicismo, longe de se mostrar como distância conceitual ou ilusão performática, guiou Germanotta em direção a uma abordagem essencialmente nostálgica e conservadora no sentido literal: antes de Gaga vir a ser Gaga, ela tentava honrar e preservar um estilo de música reconhecido como tendo amplo valor de público.
É uma missão que ela nunca superou totalmente. Hoje, o som de Gaga é influenciado mais diretamente pelo pop dance dos clubes europeus – quer dizer, por um mercado internacional de música que se estica em direção ao 'mainstream’ americano. Assim como muitos aspectos de Gaga, existe uma forma caridosa e uma forma menos caridosa de encarar essa tendência. A interpretação caridosa diz que existe uma mensagem por trás do estilo europeu de Gaga: ao citar os sons das ondas internacionais, ela faz referência ao estranho esperanto de cultura pop do nosso tempo, o círculo de retroalimentação pelo qual artistas americanos se tornam celebridades internacionais. A interpretação menos caridosa diz que Gaga está tentando conquistar o mercado mais amplo possível ao imitar os sons diluídos, culturalmente não específicos, com bom desempenho em distribuições globais.
Músicas como 'Scheiße’, que cita o ambiente sonoro da pista de dança Mitteleuropean e troca de idiomas como um filme de Fellini, parece customizada para um público internacional. Suas letras às vezes adotam uma estranha falta de suavidade, como se tivessem sido compostas por um pequeno grupo focal de alemães. ''Se você me ama, podemos nos casar na Costa Oeste", ela pronuncia em 'Americano’, uma das faixas de 'Born This Way’. ''Vou lutar, lutei por, como amo você". Às vezes é difícil descartar a suspeita de que Gaga escreve com um ouvido colado na caixa de som da loja H&M mais próxima.
Por que uma americana com credenciais do circuito hipster escreveria no equivalente electropop a um inglês básico? As frases planas e desajustadas não se limitam ao estranhamento de 'Americano’; frases do hino 'The Edge of Glory’, por exemplo – ''Tenho razão que é você que deveria me levar para casa esta noite / Preciso de um homem que ache que é certo quando é errado" -, são trapalhadas quase analfabetas de clichês da era disco. O raciocínio geral é que, ao escrever dessa forma, Gaga está escrevendo melhor. A Rolling Stone, promovendo suas inovações criativas, descreveu a música de Gaga como sendo ''construída com a mesma vibe provocadora de suas roupas"; The New Yorker, felicitando sua astúcia em proliferar um estilo atrativo, declarou ser Gaga ''tão esperta quanto ela alega repetidamente ser". Em entrevistas, a cantora cita Warhol e outros pontos de ligação de autoconhecimento de celebridade. Os elogios à obra de Gaga tendem a supor que essa consciência artística está sempre presente, que o exterior de 'arte performática’ deliberado e altamente controlado de Gaga reflete um controle conceitual em sua própria música. Mas existe um problema com essa linha de pensamento: apesar de todo o gerenciamento de palco e interesse 'acadêmico’ de Gaga pela música pop, a composição de suas músicas oferece poucas e preciosas evidências de controle criativo. As melodias de Gaga são diretas e suas letras raramente viram muitas estrelinhas. Mesmo assim, suas palavras tendem a surgir estranhamente emperradas – ou es-tra-nha-men-te em-per-ra-das -, como pacotes enormes numa pequena caixa de correio. ''Quanto a mim, estou pronta", começa o primeiro verso de seu recente single 'Judas’; ''gar-age gla-mo-rous" soa especialmente desajeitado em 'Paparazzi’. Ela continuamente treme palavras para que elas funcionem no tempo certo; ela supera transições difíceis com refrãos curtos de puras bobagens. Às vezes, as ambições líricas de Gaga se elevam tanto que a fazem descartar alusões. Porém, muitas vezes essas referências caem na terra como travesseiros molhados. ''I want your psycho, your vertigo shtick / I want you in my rear window‘` (’quero sua mente, seu bastão de vertigem / 'Eu te quero em minha vigia traseira’, em tradução livre), ela canta em 'Bad Romance’ – jogo de palavras que seria mais inteligente se filmes de Hitchcock sobre assassinato, trauma de culpa e necrofilia infantilizadora da era Eisenhower fossem especialmente aplicáveis a uma música sobre uma confusa paixão erótica. Mas do jeito que é, todas essas referências só nos dizem que Gaga tem uma conta no Netflix.
Vale observar que essa falta de cuidado não é o mesmo que provocação. Mas tem sido uma vantagem para a Haus of Gaga omitir os limites entre esses dois. A reputação musical de Gaga exige que suponhamos sua dependência de clichês e fórmulas de gênero seja o que a dependência de Stefani Germanotta do mesmo não foi: deliberada, audaciosa e informada por uma grande visão irônica. Não liguem para os temas cansados que estão por trás de suas músicas, somos avisados; Gaga poderia escrever com mais frescor (embora existam poucas provas disso), mas ela está tentando armar acampamento em sua composição. Não importa que seus tons de camaleão (Gaga faz músicas de clubes de Berlim, faz country, faz músicas 'do sul da fronteira’) pareçam ser mais imitadores do que inovadores: seu olho clínico para o espetáculo transforma essas velhas formas em uma nova e ousada luz. Gaga promove 'minha excentricidade’ em todas as oportunidades e alega 'revolucionar’ o pop. Essa 'revolução’, provocação espetacular e o uso de fantasias bizarras vêm sendo um padrão pop desde meados da década de 1960 e não são evidências de que ela é original. Considerar Gaga uma criadora radical, em vez de conservadora, significa, em certo nível, aceitar que ela tem mais destreza do que sua própria obra sugere.
Estamos oferecendo exageradamente o benefício da duvida? Ou, em outras palavras: O que realmente é tão provocador em Lady Gaga, sem contar a roupa de carne e chapéus que desafiam a gravidade? As respostas a essa pergunta têm uma maneira de sair pela culatra. Nenhuma das supostas transgressões de Gaga – da quase nudez no palco às letras ousadas (''You’ve got me wondering why I / I like it rough", que pode ser traduzido por ’você me pegou pensando por que eu gosto disso rude’), passando pelo compartilhamento em excesso _ tudo isso já tinha sido feito em 1972. Ela é aclamada por sua ousadia em se tornar um ícone bissexual, embora David Bowie, com idade para ser avô de Gaga, tenha carregado essa bandeira em épocas mais difíceis. A noção de audácia de Gaga é tímida. ''Adoro sexo", ela disse uma vez a um repórter – o que não é uma postura radical em muitos contextos. ''Sou uma vadia livre, baby", ela afirma em seu Facebook como uma adolescente saidinha de 13 anos.
Lady Gaga faz referência a seu próprio nome muito mais vezes, e de forma mais desagradável, do que qualquer outro músico hoje, esfregando o nariz dos ouvintes nessa pequena estranheza (''Gaga, ooh là là!"). Ela insiste em palavras que poderiam soar escandalosas em outra época (''Hooker! Yeah, you’re my hooker / Hooker! Government hooker / Hooker! Yeah, you’re my hooker / Hooker! Government hooker‘`, que pode ser traduzido por ’Prostituta! Sim, você é minha prostituta / Prostituta do governo / Prostituta! Sim, você é minha prostituta / Prostituta do governo’). Ela alega ler Rilke ''todos os dias". Apesar de suas premissas de audácia avant-garde, suas provocações parecem perpetuamente mergulhadas numa noção adolescente do que é insolência e modernidade.
Num mundo adulto, não existe nada de especialmente radical em falar palavrão e ler poesia temperamental. Sob sua pátina histriônica, na verdade o valor de Gaga brilha claramente. Quando ela fala de seus objetivos de orgulho autônomo cada vez maior, aceitação da comunidade e respeito pela indústria pessoal – todos objetivos dignos de aplauso, nem precisa dizer – ela está configurando sua bússola com estrelas polares conservadoras no sentido político: cuide de seu jardim com orgulho e deixe que os outros cuidem dos seus como quiserem, diz o evangelho de Gaga. Quando ela usa sons de mercado de massa (como euro disco), sons antigos (como o solo de sax há muito perdido) e símbolos culturais antigos (como as roupas glam-rock), ela está seguindo um caminho criativo preservacionista. As credenciais de Gaga como portadora da tocha dos anos 1970 e 1980 são impecáveis. No entanto, estamos em 2011. O que ela está fazendo, de fato, além de voltar no tempo e buscar um modelo mais seguro, mais antiquado, para o sucesso de estrela do pop? Gaga claramente está ciente de seus percussores e inegavelmente entende os mecanismos estranhos e distorcidos da celebridade moderna. Mas essa consciência não é, por si só, uma marca de artista; um entendimento desse tipo reflete educação, não competência criativa. Muitas vezes, os defensores de Gaga confundem sofisticação com habilidade, referência com inovação pós-moderna e o flerte a várias possibilidades com arte. Gaga pode estar saltando melhor por dentro de aros (e com mais esforço) do que qualquer outra estrela pop de hoje. Mas os aros são seguros, tirados de um percurso antigo. O aspecto mais impressionante para uma pessoa com a ambição de Gaga seria a única coisa que ela ainda não fez como artista musical: assumir um risco criativo.
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On August 29, Lady Gaga took the stage at the MTV Video Music Awards dressed as a man with a hair pomade with an arrogant stance and tough Sicilian. She was there to promote her new single, 'You and I', range country through its most recent album 'Born This Way', but viewers can be forgiven for having missed the sales pitch of music. Lady Gaga used the first four minutes of your time on stage to dwell on another subject: Lady Gaga herself. "She's a superstar, a huge and beautiful star in the sky,''mused the male persona." She also is a crazy, right?''. This persona continued, with a little more insistently: "So a fucking mad!''
Lady Gaga exploded since the first time with the album 'The Fame', 2008, no other star was matched its huge fireball histrionic style. In large part because no other object in this galaxy has achieved a comparable rate. Gaga is the person most visibly working hard on the 'show business', with a grueling touring schedule, taking care of the details of your wardrobe and stage numbers, and singing so much, so heartily that his speech has acquired a chronic hoarseness. As a reward for those efforts, she won dozens of awards, legions of fans and a reputation for provocative main industry. It is the last of these honors pop culture, the enormous notoriety, which is most crucial to his prestige. But it is also the role that it deserves less.
Estamos oferecendo exageradamente o benefício da duvida? Ou, em outras palavras: O que realmente é tão provocador em Lady Gaga, sem contar a roupa de carne e chapéus que desafiam a gravidade? As respostas a essa pergunta têm uma maneira de sair pela culatra. Nenhuma das supostas transgressões de Gaga – da quase nudez no palco às letras ousadas (''You’ve got me wondering why I / I like it rough", que pode ser traduzido por ’você me pegou pensando por que eu gosto disso rude’), passando pelo compartilhamento em excesso _ tudo isso já tinha sido feito em 1972. Ela é aclamada por sua ousadia em se tornar um ícone bissexual, embora David Bowie, com idade para ser avô de Gaga, tenha carregado essa bandeira em épocas mais difíceis. A noção de audácia de Gaga é tímida. ''Adoro sexo", ela disse uma vez a um repórter – o que não é uma postura radical em muitos contextos. ''Sou uma vadia livre, baby", ela afirma em seu Facebook como uma adolescente saidinha de 13 anos.
Lady Gaga faz referência a seu próprio nome muito mais vezes, e de forma mais desagradável, do que qualquer outro músico hoje, esfregando o nariz dos ouvintes nessa pequena estranheza (''Gaga, ooh là là!"). Ela insiste em palavras que poderiam soar escandalosas em outra época (''Hooker! Yeah, you’re my hooker / Hooker! Government hooker / Hooker! Yeah, you’re my hooker / Hooker! Government hooker‘`, que pode ser traduzido por ’Prostituta! Sim, você é minha prostituta / Prostituta do governo / Prostituta! Sim, você é minha prostituta / Prostituta do governo’). Ela alega ler Rilke ''todos os dias". Apesar de suas premissas de audácia avant-garde, suas provocações parecem perpetuamente mergulhadas numa noção adolescente do que é insolência e modernidade.
Num mundo adulto, não existe nada de especialmente radical em falar palavrão e ler poesia temperamental. Sob sua pátina histriônica, na verdade o valor de Gaga brilha claramente. Quando ela fala de seus objetivos de orgulho autônomo cada vez maior, aceitação da comunidade e respeito pela indústria pessoal – todos objetivos dignos de aplauso, nem precisa dizer – ela está configurando sua bússola com estrelas polares conservadoras no sentido político: cuide de seu jardim com orgulho e deixe que os outros cuidem dos seus como quiserem, diz o evangelho de Gaga. Quando ela usa sons de mercado de massa (como euro disco), sons antigos (como o solo de sax há muito perdido) e símbolos culturais antigos (como as roupas glam-rock), ela está seguindo um caminho criativo preservacionista. As credenciais de Gaga como portadora da tocha dos anos 1970 e 1980 são impecáveis. No entanto, estamos em 2011. O que ela está fazendo, de fato, além de voltar no tempo e buscar um modelo mais seguro, mais antiquado, para o sucesso de estrela do pop? Gaga claramente está ciente de seus percussores e inegavelmente entende os mecanismos estranhos e distorcidos da celebridade moderna. Mas essa consciência não é, por si só, uma marca de artista; um entendimento desse tipo reflete educação, não competência criativa. Muitas vezes, os defensores de Gaga confundem sofisticação com habilidade, referência com inovação pós-moderna e o flerte a várias possibilidades com arte. Gaga pode estar saltando melhor por dentro de aros (e com mais esforço) do que qualquer outra estrela pop de hoje. Mas os aros são seguros, tirados de um percurso antigo. O aspecto mais impressionante para uma pessoa com a ambição de Gaga seria a única coisa que ela ainda não fez como artista musical: assumir um risco criativo.
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On August 29, Lady Gaga took the stage at the MTV Video Music Awards dressed as a man with a hair pomade with an arrogant stance and tough Sicilian. She was there to promote her new single, 'You and I', range country through its most recent album 'Born This Way', but viewers can be forgiven for having missed the sales pitch of music. Lady Gaga used the first four minutes of your time on stage to dwell on another subject: Lady Gaga herself. "She's a superstar, a huge and beautiful star in the sky,''mused the male persona." She also is a crazy, right?''. This persona continued, with a little more insistently: "So a fucking mad!''
Lady Gaga exploded since the first time with the album 'The Fame', 2008, no other star was matched its huge fireball histrionic style. In large part because no other object in this galaxy has achieved a comparable rate. Gaga is the person most visibly working hard on the 'show business', with a grueling touring schedule, taking care of the details of your wardrobe and stage numbers, and singing so much, so heartily that his speech has acquired a chronic hoarseness. As a reward for those efforts, she won dozens of awards, legions of fans and a reputation for provocative main industry. It is the last of these honors pop culture, the enormous notoriety, which is most crucial to his prestige. But it is also the role that it deserves less.
With all your moves to get attention, insults effect ("People take me too seriously or less'') and innovations in lingerie like 'Xena: Warrior Princess', Gaga is basically a totem of the 'establishment' cultural, an agent of the good old ways, that new and more radical. She claims to be a 'monster', but is actually the main curator of pop talent.
People like to note that before the fame of Lady Gaga, she was not famous. She was, in fact, a presentation of college. Stefani Germanotta Gaga grew as a product of prep schools in Manhattan, and sang his own songs when he joined the Tisch Academy of Art University of New York. She used to pretend to be your own agent, calling for contractors and autoelogiando. Speaking of that period and the ten years that followed, Gaga and their representatives take a line from the time of Bob Dylan, Bruce Springsteen and Patti Smith. "On Saturdays, we'd sit on the floor of her empty apartment on the Lower East Side wine glasses and drank beer,''wrote Brendan Sullivan, his DJ at that time. Gaga itself has said: '` They always told me,' You never will be the main star, you're too ethnic. "what she meant was growing up with an Italian surname in the Giuliani-era New York.''used to pray every night that God would let me crazy," she once told the magazine Vanity Fair,''he gave me creativity and strangeness that all the people I had loved and respected. "
This iconoclastic strangeness was not the natural way Germanotta. At the piano, it was ironic and shy, a show on a small scale with a tendency to sweet ballads, but generally the blues, indie and complaints - mainly music, along the lines of established hits (the melancholy temperament and lyrical, as well as the vocal style Germanotta, were present in 'Summerboy' a little ray of sunshine in Gaga's debut album). I am a true academic''when it comes to music, "said Gaga once. And this scholarship, far away to show how conceptual or performative illusion, Germanotta guided toward an essentially nostalgic and conservative in the literal sense: before Gaga Gaga become, she tried to honor and preserve a style of music known as having broad public value.
It is a mission that she never fully overcame. Today, the sound of Gaga is more directly influenced by European pop dance clubs - that is, for an international music market that stretches into the 'mainstream' America. Like many aspects of Gaga, there is a charitable way and a less charitable view of this trend. The charitable interpretation says that there is a message behind the European style of Gaga, citing the international sounds of the waves, it refers to the strange pop culture of Esperanto of our time, the feedback loop by which American artists become international celebrities. The less charitable interpretation says that Gaga is trying to win the widest possible market by imitating the sounds diluted, not culturally specific, with good performance in global distributions.
Songs like 'Scheiße', citing the sound stage on the dance floor Mitteleuropean and exchange of languages as a Fellini film, seems tailored for an international audience. His lyrics sometimes adopt a strange lack of smoothness, as if they had been composed by a small focus group of Germans. ''If you love me, we can get married on the West Coast, "she utters in 'American', a track of 'Born This Way."''I will fight, I fought for, how I love you. " Sometimes it is difficult to discount the suspicion that Gaga writes with an ear to the speaker of the H & M store nearby.
Why an American with hipster credentials circuit electropop write the equivalent to a basic English? The flat and inappropriate phrases are not limited to the strangeness of 'American'; phrases of the hymn 'The Edge of Glory, "for example -''I have reason being that you should take me home tonight / I need a man who thinks what is right when it is wrong "- are almost illiterate mess of clichés of disco. The general reasoning is that by writing this way, Gaga is writing better. Rolling Stone, promoting their creative innovations, described the music as Gaga being''built with the same vibe provocative clothes "The New Yorker, congratulating his cunning proliferate in an attractive style,''said Gaga be as smart as she repeatedly claims to be." In interviews, the singer and others cite Warhol connection points of self-celebrity. The accolades for the work of Gaga tend to assume that artistic consciousness is always present, that the outside of 'performance art' deliberate and highly controlled Gaga reflects a conceptual control their own music. But there a problem with this line of thought: despite all the stage management and interest 'academic' Gaga for pop music, composing songs and offers precious little evidence of creative control. Gaga's melodies and his lyrics are rarely direct saw many stars. Still, his words tend to appear strangely stalled - or es-tra-nha-mind-in the per-ra-- as a small packet huge mailbox.''As for me, I am ready, "begins the first verse of his recent single 'Judas',''gar-age gla-mo-rous" sounds especially awkward in "Paparazzi." She shakes continuously words for them to work on time, she overcomes difficult transitions with refrains short of pure nonsense. Sometimes lyrical ambitions Gaga rise so much that they drop hints. However, these references often fall to earth as wet pillows.''I want your psycho, your shtick vertigo / I want you in my rear window '`(' I want your mind, your bat vertigo / 'I want you in my rear guard" in free translation), she sings in' Bad Romance '- play on words that would be smarter if films Hitchcock's about murder, guilt and trauma of necrophilia infantilized the Eisenhower era were especially applicable to a song about a confused erotic passion. But the way it is, all these references only tell us that Gaga has a Netflix account.It is worth noting that this lack of care is not the same as provocation. But it has been an advantage to the Haus of Gaga omit the boundaries between these two. The reputation of music Gaga requires suppose its reliance on cliches and formulas of the genre is that the dependence of Stefani Germanotta was not the same: deliberate, bold and informed by a great ironic vision. Pay no attention to the issues that are tired behind their songs, we are warned, could write Gaga fresher (although there is little evidence of that), but she is trying to setting up camp in their composition. No matter what its chameleon tones (Gaga makes music clubs in Berlin, makes country, making songs 'south of the border') seem to be more imitative than innovative: his eye for the spectacle transforms these old forms in new and bold light. Gaga promotes 'my eccentricity' at every opportunity and claims 'revolutionize' pop. This 'revolution', provocation and spectacular use of bizarre fantasies have been a standard pop since the mid-1960s and are not evidence that it is original. Consider a creative Gaga radical rather than conservative means, at some level, accept that she has more skill than his own work suggests.
We are offering over-the benefit of the doubt? Or, in other words: What is really so provocative in Lady Gaga, not to mention the clothes and hats of meat that defy gravity? The answers to this question has a way to backfire. None of the alleged transgressions of Gaga - the almost naked on stage with bold letters (''You've got me wondering why I / I like it rough ", which can be translated as 'you got me wondering why I like it rough' ), through oversharing _ all this had been done in 1972. She is acclaimed for his daring to become an icon bisexual, although David Bowie, old enough to be grandfather Gaga, has carried this flag through the hard times . The notion of audacity to Gaga's shy.''I love sex, "she once told a reporter - which is not a radical stance in many contexts. I'm a bitch''free, baby, "she says in her saucy Facebook as a teenager of 13 years.
Lady Gaga refers to his own name more often, and more unpleasant than any other musician today, rubbing the noses of little surprise that listeners (''Gaga, ooh la la! "). She insists words might sound outrageous at another time (Hooker''! Yeah, you're my hooker / Hooker! Government Hooker / Hooker! Yeah, you're my hooker / Hooker! Government hooker '`, which can be translated as" Whore! Yes you're my whore / prostitute / government Whore! Yes, you're my whore / prostitute government ').''Rilke She claims to read every day. " Despite their premises of audacity avant-garde provocations seem perpetually steeped in a notion of what is teen insolence and modernity.
In the adult world, there is nothing particularly radical swear and moody poetry reading. Under his histrionic patina, in fact the value of Gaga shines clearly. When she speaks of his goals for increasing self-pride, community acceptance and respect for industry personnel - all goals worthy of applause, needless to say - she's setting her compass star with polar conservative in the political sense: take care of your garden with pride and let others take care of her as they wish, says the Gospel of Gaga. When she uses the sounds of the mass market (like the euro disk), old sounds (like the sax solo long-lost) and ancient cultural symbols (such as glam-rock clothes), she is pursuing a creative path preservation. Gaga's credentials as the torch bearer of the years 1970 and 1980 are impeccable. However, we are in 2011. What she is doing, in fact, and go back in time and seek a more secure, more old-fashioned, to the success of pop star? Gaga is clearly aware of their precursors understand the mechanisms and undeniably strange and distorted the modern celebrity. But this consciousness is not, by itself, a brand of artist, reflects an understanding of such education, not creative competence. Often, proponents of Gaga confuse sophistication with skill, innovation reference to postmodern and flirtation with art to various possibilities. Gaga may be jumping hoops better inside (and with more effort) than any other pop star today. But the tires are safe, taken from an old path. The most impressive aspect to a person with the ambition of Gaga is the only thing she has not done as a musical artist: take a creative risk.
People like to note that before the fame of Lady Gaga, she was not famous. She was, in fact, a presentation of college. Stefani Germanotta Gaga grew as a product of prep schools in Manhattan, and sang his own songs when he joined the Tisch Academy of Art University of New York. She used to pretend to be your own agent, calling for contractors and autoelogiando. Speaking of that period and the ten years that followed, Gaga and their representatives take a line from the time of Bob Dylan, Bruce Springsteen and Patti Smith. "On Saturdays, we'd sit on the floor of her empty apartment on the Lower East Side wine glasses and drank beer,''wrote Brendan Sullivan, his DJ at that time. Gaga itself has said: '` They always told me,' You never will be the main star, you're too ethnic. "what she meant was growing up with an Italian surname in the Giuliani-era New York.''used to pray every night that God would let me crazy," she once told the magazine Vanity Fair,''he gave me creativity and strangeness that all the people I had loved and respected. "
This iconoclastic strangeness was not the natural way Germanotta. At the piano, it was ironic and shy, a show on a small scale with a tendency to sweet ballads, but generally the blues, indie and complaints - mainly music, along the lines of established hits (the melancholy temperament and lyrical, as well as the vocal style Germanotta, were present in 'Summerboy' a little ray of sunshine in Gaga's debut album). I am a true academic''when it comes to music, "said Gaga once. And this scholarship, far away to show how conceptual or performative illusion, Germanotta guided toward an essentially nostalgic and conservative in the literal sense: before Gaga Gaga become, she tried to honor and preserve a style of music known as having broad public value.
It is a mission that she never fully overcame. Today, the sound of Gaga is more directly influenced by European pop dance clubs - that is, for an international music market that stretches into the 'mainstream' America. Like many aspects of Gaga, there is a charitable way and a less charitable view of this trend. The charitable interpretation says that there is a message behind the European style of Gaga, citing the international sounds of the waves, it refers to the strange pop culture of Esperanto of our time, the feedback loop by which American artists become international celebrities. The less charitable interpretation says that Gaga is trying to win the widest possible market by imitating the sounds diluted, not culturally specific, with good performance in global distributions.
Songs like 'Scheiße', citing the sound stage on the dance floor Mitteleuropean and exchange of languages as a Fellini film, seems tailored for an international audience. His lyrics sometimes adopt a strange lack of smoothness, as if they had been composed by a small focus group of Germans. ''If you love me, we can get married on the West Coast, "she utters in 'American', a track of 'Born This Way."''I will fight, I fought for, how I love you. " Sometimes it is difficult to discount the suspicion that Gaga writes with an ear to the speaker of the H & M store nearby.
Why an American with hipster credentials circuit electropop write the equivalent to a basic English? The flat and inappropriate phrases are not limited to the strangeness of 'American'; phrases of the hymn 'The Edge of Glory, "for example -''I have reason being that you should take me home tonight / I need a man who thinks what is right when it is wrong "- are almost illiterate mess of clichés of disco. The general reasoning is that by writing this way, Gaga is writing better. Rolling Stone, promoting their creative innovations, described the music as Gaga being''built with the same vibe provocative clothes "The New Yorker, congratulating his cunning proliferate in an attractive style,''said Gaga be as smart as she repeatedly claims to be." In interviews, the singer and others cite Warhol connection points of self-celebrity. The accolades for the work of Gaga tend to assume that artistic consciousness is always present, that the outside of 'performance art' deliberate and highly controlled Gaga reflects a conceptual control their own music. But there a problem with this line of thought: despite all the stage management and interest 'academic' Gaga for pop music, composing songs and offers precious little evidence of creative control. Gaga's melodies and his lyrics are rarely direct saw many stars. Still, his words tend to appear strangely stalled - or es-tra-nha-mind-in the per-ra-- as a small packet huge mailbox.''As for me, I am ready, "begins the first verse of his recent single 'Judas',''gar-age gla-mo-rous" sounds especially awkward in "Paparazzi." She shakes continuously words for them to work on time, she overcomes difficult transitions with refrains short of pure nonsense. Sometimes lyrical ambitions Gaga rise so much that they drop hints. However, these references often fall to earth as wet pillows.''I want your psycho, your shtick vertigo / I want you in my rear window '`(' I want your mind, your bat vertigo / 'I want you in my rear guard" in free translation), she sings in' Bad Romance '- play on words that would be smarter if films Hitchcock's about murder, guilt and trauma of necrophilia infantilized the Eisenhower era were especially applicable to a song about a confused erotic passion. But the way it is, all these references only tell us that Gaga has a Netflix account.It is worth noting that this lack of care is not the same as provocation. But it has been an advantage to the Haus of Gaga omit the boundaries between these two. The reputation of music Gaga requires suppose its reliance on cliches and formulas of the genre is that the dependence of Stefani Germanotta was not the same: deliberate, bold and informed by a great ironic vision. Pay no attention to the issues that are tired behind their songs, we are warned, could write Gaga fresher (although there is little evidence of that), but she is trying to setting up camp in their composition. No matter what its chameleon tones (Gaga makes music clubs in Berlin, makes country, making songs 'south of the border') seem to be more imitative than innovative: his eye for the spectacle transforms these old forms in new and bold light. Gaga promotes 'my eccentricity' at every opportunity and claims 'revolutionize' pop. This 'revolution', provocation and spectacular use of bizarre fantasies have been a standard pop since the mid-1960s and are not evidence that it is original. Consider a creative Gaga radical rather than conservative means, at some level, accept that she has more skill than his own work suggests.
We are offering over-the benefit of the doubt? Or, in other words: What is really so provocative in Lady Gaga, not to mention the clothes and hats of meat that defy gravity? The answers to this question has a way to backfire. None of the alleged transgressions of Gaga - the almost naked on stage with bold letters (''You've got me wondering why I / I like it rough ", which can be translated as 'you got me wondering why I like it rough' ), through oversharing _ all this had been done in 1972. She is acclaimed for his daring to become an icon bisexual, although David Bowie, old enough to be grandfather Gaga, has carried this flag through the hard times . The notion of audacity to Gaga's shy.''I love sex, "she once told a reporter - which is not a radical stance in many contexts. I'm a bitch''free, baby, "she says in her saucy Facebook as a teenager of 13 years.
Lady Gaga refers to his own name more often, and more unpleasant than any other musician today, rubbing the noses of little surprise that listeners (''Gaga, ooh la la! "). She insists words might sound outrageous at another time (Hooker''! Yeah, you're my hooker / Hooker! Government Hooker / Hooker! Yeah, you're my hooker / Hooker! Government hooker '`, which can be translated as" Whore! Yes you're my whore / prostitute / government Whore! Yes, you're my whore / prostitute government ').''Rilke She claims to read every day. " Despite their premises of audacity avant-garde provocations seem perpetually steeped in a notion of what is teen insolence and modernity.
In the adult world, there is nothing particularly radical swear and moody poetry reading. Under his histrionic patina, in fact the value of Gaga shines clearly. When she speaks of his goals for increasing self-pride, community acceptance and respect for industry personnel - all goals worthy of applause, needless to say - she's setting her compass star with polar conservative in the political sense: take care of your garden with pride and let others take care of her as they wish, says the Gospel of Gaga. When she uses the sounds of the mass market (like the euro disk), old sounds (like the sax solo long-lost) and ancient cultural symbols (such as glam-rock clothes), she is pursuing a creative path preservation. Gaga's credentials as the torch bearer of the years 1970 and 1980 are impeccable. However, we are in 2011. What she is doing, in fact, and go back in time and seek a more secure, more old-fashioned, to the success of pop star? Gaga is clearly aware of their precursors understand the mechanisms and undeniably strange and distorted the modern celebrity. But this consciousness is not, by itself, a brand of artist, reflects an understanding of such education, not creative competence. Often, proponents of Gaga confuse sophistication with skill, innovation reference to postmodern and flirtation with art to various possibilities. Gaga may be jumping hoops better inside (and with more effort) than any other pop star today. But the tires are safe, taken from an old path. The most impressive aspect to a person with the ambition of Gaga is the only thing she has not done as a musical artist: take a creative risk.
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