domingo, 22 de janeiro de 2012

Casais do mesmo sexo podem ser os melhores pais ou mães, diz pesquisa ( Noticia ) - Same-sex couples may be the best fathers or mothers, says study (News)

Pais e mães gays ou lésbicas “tendem a ser mais motivados, mais comprometidos do que os heterossexuais, na média, porque escolhem serem pais”, afirma a psicóloga Abbie Goldberg, que pesquisa esse tipo de caso. De acordo com ela, gays e lésbicas raramente viram pais por acidente, em comparação com quase 50% de gravidez acidental entre os heterossexuais. “Isso dá mais comprometimento e envolvimento, em geral”.

E enquanto pesquisas indicam que os filhos de gays e lésbicas apresentam diferença quase nula de aprendizagem, saúde, funcionamento social e outras medidas, essas crianças podem ter a vantagem de possuir uma mente mais aberta, tolerante e modelos de comportamento para relações igualitárias, de acordo com outros estudos. Não só isso, mas de acordo com pesquisas, pais e mães LGBTs tendem também a oferecer casa para crianças difíceis do sistema de adoção.

A pesquisas sugerem que pais gays ou mães lésbicas são uma fonte poderosa para crianças que precisam ser adotadas. De acordo com um estudo de 2007, 65 mil crianças americanas estavam vivendo com pais ou mães adotivos LGBTs, entre 2000 e 2002, com outras 14 mil em casas de adoção lideradas por LGBTs. (Existem mais de 100 mil crianças, atualmente, nessa situação, nos EUA).

Um estudo de outubro de 2011, do Instituto de Adoção Evan B. Donaldson, descobriu que das adoções por LGBTs em mais de 300 agências, 10% das crianças tinham mais de seis anos – uma idade tipicamente difícil de ser adotada. Cerca de 25% tinha mais de três anos; 60% dos casais adotou raças diferentes, o que é importante já que crianças que são negras tendem a se manter no sistema de adoção; e mais da metade das crianças adotadas tinham necessidades especiais.

De acordo com o autor David Brodzinsky, o estudo não comparou as preferências adotivas dos heterossexuais. Mas pesquisas sugerem que gays e lésbicas tendem a adotar crianças mais velhas, com necessidades especiais e negras. Parte disso poderia ser de suas preferências, e outra por causa da discriminação nas agências que coloca as crianças mais “difíceis” para os pais “menos desejados”.

Brodzinsky afirma que não importa como você encare isso, gays e lésbicas se interessam na adoção como um grupo. Um estudo de 2007, do Instituo Urban, revelou que mais da metade dos pais gays e 41% das lésbicas, nos Estados Unidos, gostariam de adotar. Numericamente isso corresponde a dois milhões de pessoas para adoção. “É uma reserva enorme de pais em potencial que poderiam tirar as crianças do sistema instável de adoção”, comenta Brodzinsky.

“Quando você pensa nas 114 mil crianças que estão prontas para serem adotadas mas continuam vivendo em casas de adoção, o objetivo é aumentar a reserva de pais disponíveis, interessados e treinados para serem pais delas”, comenta Brodzinsky.

E ainda, o pesquisador comenta que existe evidências sugerindo que gays e lésbicas aceitam adoções abertas, quando a criança continua tendo algum contato com os pais biológicos. E as estatísticas dizem que esses pais não têm problemas em suas crianças serem criadas por casais do mesmo sexo.

“O interessante é que encontramos uma pequena porcentagem, mas o suficiente para ser notada, de mães biológicas que fazem a decisão consciente de deixar o filho com homens gays, para que sejam a única mãe na vida da criança”, afirma Brodzinsky.

Boa criação
Pesquisas mostram que filhos de casais do mesmo sexo – adotados ou biológicos – não são piores do que os filhos de heterossexuais na saúde mental, funcionamento social, desempenho escolar e outras variedades de sucesso na vida.

Em 2010, os sociólogos Tim Biblarz e Judith Stacey reviram quase todos os estudos sobre pais gays e mães lésbicas, e não descobriu nenhuma diferença entre crianças criadas em casas com pais e mães heterossexuais. “Não há dúvida de que crianças com mães lésbicas vão crescer e ser ajustadas socialmente e obter sucesso como as crianças com pai e mãe”, afirma Stacey.

Há muito pouca pesquisa sobre homens, pais, homossexuais, então Stacey e Biblarz não conseguiriam chegar a conclusões nesse ponto. Mas Stacey suspeita que homens gays “seriam os melhores pais na média”, comenta.

Ela afirma que isso é especulação, mas se lésbicas têm que planejar para ter uma criança, isso é ainda mais difícil para gays. Para Stacey, os dois devem estar muito comprometidos. Gays também podem experimentar menos conflitos parentais, já que a maioria das lésbicas usam doações de esperma para ter uma criança, então uma mãe é a biológica, o que pode criar conflito por proximidade à criança.

“Com homens gays, você não tem esse fator”, comenta. “Nenhum deles fica grávido, nem amamenta, o que não gera essa assimetria no relacionamento”.

E para aqueles que dizem que uma criança precisa de um pai e uma mãe em casa, Stacey afirma que estão esquecendo pesquisas que comparam filhos de pais solteiros e de casais. Dois bons pais são melhores do que um, mas um bom pai é melhor do que dois ruins. E a orientação sexual não parece afetar isso. Mesmo que existam diferenças entre como homens e mulheres criam os filhos, ela afirma que há muito mais diversidade dentro dos gêneros do que entre eles.

“Dois pais heterossexuais com o mesmo passado, classe, raça e religião são mais parecidos na maneira como criam os filhos do que um é igual todos os homens e outra como todas as mulheres”, comenta Stacey.

Para Goldberg, os únicos locais consistentes onde você pode encontrar diferenças entre crianças de casais LGBTs e de heterossexuais está na tolerância e abertura de conceitos. Em um estudo de 2007, ele conduziu entrevistas com 46 adultos com pelo menos um pai gay. Vinte e oito falaram espontaneamente que se sentiam mais abertos mentalmente e empáticos do que aqueles não criados nessas condições.

“Esses indivíduos sentem que suas perspectivas sobre família, gênero ou sexualidade são muito acrescentadas por crescerem com pais gays”, comenta Goldberg.

Um homem de 33 anos, com uma mãe lésbica, afirmou à Goldberg: “Eu me sinto mais aberto por ter sido criado em uma família não tradicional, e penso que aqueles que me conhecem iriam concordar. Minha mãe me abriu para o impacto positivo das diferenças entre as pessoas”.

Crianças com pais ou mães LGBTs também comentaram que se sentem menos bloqueados por estereótipos de sexualidade do que se tivesse nascido em casas heterossexuais. Isso porque casais homossexuais tendem a possuir uma relação mais igualitária.

“Homens e mulheres sentiam que eram mais livres para procurar uma série de interesses”, afirma Goldberg. “Ninguém estava dizendo para eles, ‘Oh, você não pode fazer isso, isso é coisa de menino’, ou ‘Coisa de menina’”.

Aceitação do mesmo sexo
O sociólogo Brian Powell argumenta que se o casamento entre pessoas do mesmo sexo tem alguma desvantagem, a culpa não é da escolha dos pais, mas da reação da sociedade sobre essas famílias.

“Imagine ser uma criança vivendo em um estado onde, legalmente, apenas um dos pais pode ser seu pai”, comenta Powell. “Nessas situações, a família não é vista como autêntica ou real pelos outros. E seria uma desvantagem”.

Em sua pesquisa, Goldberg descobriu que muitos filhos de casais do mesmo sexo pensam que mais aceitação das famílias LGBTs ajudaria a resolver o problema.

Em um estudo desse ano, Goldberg entrevistou outro grupo de 49 adolescentes e adultos jovens com pais gays ou mães lésbicas, e descobriu que nenhum deles rejeitava o direito de homossexuais se casarem. Muitos citaram benefícios legais e aceitação social.

“Eu estava pensando sobre isso com alguns amigos e comecei a chorar pensando em como minha infância poderia ter sido se o casamento entre pessoas do mesmo sexo fosse legalizado, há 25 anos”, confessou para Goldberg um homem de 23 anos, criado por um casal de lésbicas. “Os impactos culturais e status legal afetam as narrativas familiares desse tipo de situação – como nos vemos em relação a uma cultura maior, como parte ou excluídos”.


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Parents are gay or lesbian "tend to be more motivated, more committed than heterosexuals, on average, because they choose to be parents," says psychologist Abbie Goldberg, who researches this type of case. According to her, gay and lesbian parents rarely saw by accident, compared with almost 50% of accidental pregnancy among heterosexuals. "This gives more commitment and involvement in general."
And while research indicates that children of gays and lesbians have almost no difference learning, health, social functioning and other measures, these children may have the advantage of having a more open-minded, tolerant and models for egalitarian relationships, according with other studies. Not only that, but according to research, LGBT parents also tend to offer home for difficult children's foster care system.
The research suggests that lesbian mothers or gay fathers are a powerful source for children who need to be adopted. According to a 2007 study, 65,000 American children were living with LGBT parents or adoptive mothers between 2000 and 2002, with another 14,000 houses led by LGBT adoption. (There are more than 100 000 children currently in this situation in the U.S.).
A study in October 2011, the Evan B. Adoption Institute Donaldson found that adoptions by LGBT people in more than 300 agencies, 10% of children over six years - an age typically difficult to be adopted. About 25% had more than three years, 60% of couples took different races, which is important because children who are black tend to keep the foster care system, and more than half of foster children had special needs.
According to author David Brodzinsky, the study did not compare the preferences of heterosexual stepfamilies. But research suggests that gays and lesbians tend to adopt older children with special needs and black. Part of this might be your preference, and another because of discrimination in agencies that place children more "difficult" for parents "less desirable".
Brodzinsky said that no matter how you look at it, gays and lesbians are interested in adoption as a group. A 2007 study, the Urban Institute found that more than half of gay fathers and 41% of lesbians in the United States, would prefer. Numerically this corresponds to two million people for adoption. "It's a huge backlog of prospective parents who could take the children of the unstable system of adoption," says Brodzinsky.
"When you think of the 114,000 children who are ready to be adopted but still living in homes for adoption, the goal is to increase the pool of available parents, stakeholders and trained them to be parents," says Brodzinsky.
Furthermore, the researcher commented that there evidence suggesting that gays and lesbians accept open adoptions when the child continues to have some contact with their biological parents. And the statistics say that these parents do not have problems in their children being raised by same-sex couples.
"Interestingly, we found a small percentage, but enough to be noticed, the biological mothers who make a conscious decision to leave her child with gay men, to be the only mother the child's life," says Brodzinsky.
Good breedingResearch shows that children of same-sex couples - adopted or biological - are no worse than the children of heterosexuals in mental health, social functioning, school performance and other varieties of success in life.
In 2010, sociologists Judith Stacey and Tim Biblarz reviewed almost all studies of gay fathers and lesbian mothers, and found no difference between children raised in homes with heterosexual parents. "There is no doubt that children with lesbian mothers will grow and be successful and socially adjusted as children with both parents," says Stacey.
There is very little research on men, parents, homosexuals, then Stacey and Biblarz could not reach conclusions on this point. But Stacey suspects that gay men "would be the best parents in the middle," he says.
She argues that this is speculation, but if lesbians have to plan to have a child, it is even more difficult for gays. For Stacey, the two must be very committed. Gays can also experience less parental conflict, since most lesbians use sperm donation to have a child, then one is the biological mother, which can create conflict by proximity to the child.
"With gay men, you do not have this factor," he says. "None of them is pregnant, or breastfeeding, which does not generate this asymmetry in the relationship."
And for those who say that a child needs a father and a mother at home, Stacey says are forgetting studies that compared children of single parents and couples. Two good parents are better than one, but a good parent is better than two bad. And sexual orientation does not seem to affect this. Although there are differences between how men and women raising children, she says there is much diversity within the genera than between them.
"Two heterosexual parents with the same past, class, race and religion are more alike in the way of raising children is the same one that all men and all women as another," says Stacey.
For Goldberg, the only places where you can find consistent differences between children of LGBT couples and heterosexuals are the concepts of tolerance and openness. In a 2007 study, he conducted interviews with 46 adults with at least one gay parent. Twenty-eight spoke spontaneously that they felt more open mind and sympathetic than those not created under these conditions.
"These individuals feel that their perspectives on family, gender or sexuality are much added by gay parents grow up," says Goldberg.
A man of 33 years, with a lesbian mother, told Goldberg: "I feel more open because it was created in a non-traditional family, and I think those who know me would agree. My mom opened me up to the positive impact of differences between people. "
Children with LGBT parents or mothers also commented that they feel less blocked by stereotypes of sexuality than if born in heterosexual homes. That's because gay couples tend to have a more egalitarian relationship.
"Men and women felt they were more free to seek a range of interests," says Goldberg. "Nobody was saying to them, 'Oh, you can not do that, it's a boy thing,' or 'girl things'."
Acceptance of same-sexSociologist Brian Powell argues that marriage between same sex has some disadvantage, not to blame the parents choose, but the reaction of society on these families.
"Imagine being a child living in a state where, legally, only one parent may be his father," said Powell. "In these situations, the family is not seen as true or real for others. And it would be a disadvantage. "
In their research, Goldberg found that many children of same-sex couples think more acceptance of LGBT families in solving the problem.
In a study of this year, Goldberg interviewed another group of 49 adolescents and young adults with lesbian mothers or gay fathers and found that none of them rejected the right of homosexuals to marry. Many cited the legal benefits and social acceptance.
"I was thinking about this with some friends and started to cry thinking about how my childhood would have been if the marriage between same sex was legalized 25 years ago," Goldberg confessed to a man of 23 years, created by a couple of lesbians. "The impacts of cultural and legal status affect the family narratives of this kind of situation - how we see ourselves in relation to a wider culture, as part of or excluded."

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